terça-feira, 22 de janeiro de 2019

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Hoje, fizeram-me uma proposta interessante...


Que me olha-se no espelho durante um minuto.
De início, pensei que ia ser fácil, afinal quando me maquilho demoro mais...
Mas... não foi bem assim. Despojar-me perante mim, de braços estendidos ao longo do corpo, a olhar-me nos olhos (grandessssss, dizem-me), pode ser tremendamente inquietante.
Nos primeiros segundos, o minuto demorou a passar, depois quando já não me via exteriormente e o olhar entrou fundo em mim, nem dei conta que o tempo tinha terminado. Vi tudo o que tenho e que conquistei, vi tudo o que ainda quero, vi o que nunca chegarei a ser... acho que é mais fácil para mim ver o que nunca chegarei a ser do que aquilo que sou. Não que não tenha consciência do meu valor, porque tenho, às vezes com passos inseguros, mas tenho consciência do meu valor. No entanto, preciso ainda de mais minutos ao espelho para me conhecer a fundo como desejo.
O olhar viu tanto em tão pouco... olhei o relógio, já tinha terminado um minuto há algum tempo. Cruzei os braços, continuei a olhar-me toda agora, e pensei enternecida:
- Tinhas razão, gajo!
Aqui, publicamente, Obrigada!


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