domingo, 17 de novembro de 2019

Os gostares não se medem em palavras.
As palavras são encarnadas por quem as diz, conforme quer e lhe convém e nem sempre como as sente.
Por isso, as atitudes e comportamentos que evidenciem que se gosta são de extrema importância. Podem e devem ser acompanhados por palavras (sim, sou exigente!) Mas que nunca os atos contrariem as palavras ditas. 


terça-feira, 12 de novembro de 2019


Sussurro-te ao ouvido: "Tu mereces-me!"
Não há "Gosto de nós" mais melodioso que o teu.
Não há sentir bater-se, a cada instante, por quem se quer, mais saboroso.
Dizes: "Adoro-te!" ou "Gosto de ti, Esquilinha"! e eu coro como no primeiro dia, e os dias são já muitos e querem-se muitos e muitos mais.
Sou tua e tu és meu!

P.S.: Apeteces-me!... Demoras? :)


 

 

sábado, 9 de novembro de 2019

Não consigo aceitar...


 «Ainda que possa estabelecer vínculos afetivos muito fortes com a criança, a família de acolhimento não poderá adotá-la, a não ser em casos excecionais, mesmo que não haja condições para o retorno aos pais e que o menor seja encaminhado para adoção. Tudo para evitar que os casais se candidatem a famílias de acolhimento como forma de contornar as longas listas de espera da adoção.»

Não consigo entender esta lei! A sério que não! Longas listas de espera, porque o Simplex ficou só pelo papel. Não seria bem melhor que as crianças fossem adoptadas por famílias que já conhecem? Por pessoas com quem estabeleceram vínculos e que gostam delas?
Tirá-las das famílias de acolhimento para entregar à família biológica, após reunirem condições para as ter, concordo! Mas tirá-las das famílias de acolhimento para entregar a outra família para serem adoptadas, não me cabe na cabeça! 
Parece que se anda a brincar com as crianças. Isto é maldade pura! Agora vais para aqui, depois vais para acolá... 
Onde estão salvaguardados os interesses da criança? 
Experimenta uma família, depois vai para outra... sinceramente já nem sei o que é melhor, estar numa instituição ou cortar-lhes os laços afectivos, quando os começam a estabelecer.
Isto dói-me!

 
https://expresso.pt/sociedade/2019-11-08-Procuram-se-familias-para-acolher-criancas-em-risco?fbclid=IwAR1o7eHXlOlYImYxduzGrFt45c0EPpxylw57-WElvZJmm_QU8lqVnGiKFFE








sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Veio-me à lembrança...


Mulato, cabelo grisalho, sorriso doce, meigo e inteligente. 
Tinha sempre um sorriso e um piscar de olhos quando passava por algum aluno nos corredores.
As aulas enchiam-se para o ouvir falar de ensinares e aprenderes bem diferentes do habitual.
Os colegas docentes na faculdade, achavam-no  um pouco exótico e as professoras jingavam-se de forma diferente quando passavam por ele e ele lhes lançava um olhar intimidante.
Ao vigiar os exames e frequências, sacava do seu lanche e ficava deliciado a comer e a olhar-nos. Dizia que o seu passatempo preferido era olhar os alunos e descortinar-lhes tudo o que não diziam.
Um dia, disse-me a meio de uma aula, enquanto passava por mim, que eu ia ter pelo menos 3 filhos, pela posição como tinha as mãos! Depois  olhou-me já mais longe, e disse a sorrir: Não vais nada! Tens doçura demais!
Senti-me desnudada e triste. Não tinha relação uma coisa com a outra, eu sei, e nem ele o disse por ter. Mas o demais soou-me como ainda hoje me soa, a "coisa má"! Tudo o que é demais transborda. Como o leite quando ferve, se não se desliga o fogo a tempo... e depois é uma trabalheira danada a limpar o fogão.
Que parvoíce! Eu que aqueço o leite no microondas, estar preocupada com o fogão. Só eu para estar agora para aqui com estas coisas. Calo-me!
O professor já deve ter morrido, mas fica-me a lembrança do seu sorriso. Não tive 3 filhos, professor. Mas entendo o seu ponto de vista.
 Quanto à doçura... Há sempre a beira do prato, né?




Não vou a cemitérios...

Para mim, é uma fantochada! 
Hoje, é o dia da hipocrisia! As flores mais caras, mais vistosas, velas e afins...
As pessoas parece que só hoje se lembram dos seus ente queridos que já partiram. Então e os outros dias?
É vê-las numa azáfama, no mercado, a comprar flores e velas. As floristas enchem-se de encomendas de arranjos...
Os mortos não precisam de flores, nem de velinhas ou missas... aliás, não precisam de nada. Nós é que, pela importância que representam para nós, os lembramos e sentimos saudades. Mas para isso não é preciso haver dia de finados! As saudades não têm dia ou hora marcada.



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